:: enfim, apareceu aquele pôr do sol...

8.12.06


No meio da noite, Jonas começa a ter fortes pesadelos, lembrando-se das cenas circenses de outrora, em que os palhaços jogavam no chão o velho realejo que não tocava, e também ouvia as gargalhadas ecoando do público. De súbito, a imagem congela em seus sonhos – e apenas o realejo fica a emitir suaves melodias. E o toque do realejo, Jonas vai sendo conduzido sobre uma névoa ao som que o encanta ,como se estivesse enfeitiçado. Era como cantos de sereias, ou a flauta de um encantador de camundongos .Ele estava sendo conduzido e seu corpo não mais o obedecia naquele momento.Era algo mágico e agradável ,parecia estar flutuando.O passado e a estória eram contados pelas músicas alegres e às vezes melancólicas , doces melodias .De repente, acorda amedrontado, vendo-se em um lugar completamente escuro onde o elenco dormia em seus reservados. E com os olhos pregados naquela cena, apavora-se, saindo correndo desordenadamente e entrando, sem querer, em uma sala de depósitos de acesso proibido, onde se guardavam objetos utilizados nas apresentações. Ao entrar, tropeça em um móvel, caindo dentro de um baú. Nesse exato instante, a tampa fecha-se com estrondoso impacto sobre sua cabeça.Um artista que, ali perto, dormia, acordou-se com o barulho estranho. Calça os sapatos e segurando uma lamparina, caminha até o local para averiguar o incidente. Ao atravessar a porta do depósito, tropeça no objeto que fez Jonas cair, ao mesmo tempo em que deixa escapar a lamparina que cai sobre um rastro de pólvoras que logo atinge a caixa onde havia explosivos de efeitos especiais e armazenamento do canhão do homem-bala.A iminência de uma tragédia começava esboçar os primeiros sinais. Em seguida, houve uma grande explosão que faz Jonas ficar desacordado.